Siderúrgica J. L. Aliperti

A Siderúrgica J. L. Aliperti enfrentava um sério problema de relacionamento com a cidade de São Paulo, sendo alvo de manifestações negativas da comunidade, de movimentos ambientalistas, de políticos e da mídia, que propunham o fechamento da empresa, em decorrência da fumaça vermelha emitida na produção de aço. Embora na época esse tipo de emissão fosse comum nas siderúrgicas, o crescimento da consciência ambiental e a expansão da cidade para as vizinhanças da fabrica (instalada em 1937 num local então distante), tornavam imprescindível eliminar esse problema.

A direção da empresa já havia se conscientizado dessa necessidade e contratado um projeto que eliminaria a fumaça vermelha, mas por se tratar de um equipamento sob medida, havia um intervalo de cerca de oito meses para sua execução e instalação, prazo que o movimento contrário não aceitava. E além disso os lideres se recusavam ao diálogo com a empresa.

A CL-A foi então contratada para estabelecer um programa de comunicação e relacionamento com a comunidade. Elaborado e aceito seu Plano pela direção da empresa, o trabalho se iniciou com a informação e o envolvimento da equipe de funcionários, sendo criados sistemas de comunicação interna, na crença de que “ninguém é mais vital para a imagem da empresa do que aqueles que nela trabalham”. Logo em seguida foram abertos canais de comunicação com a liderança dos movimentos comunitários, graças à credibilidade da CL-A e de seus dirigentes junto aos movimentos populares.

Da mesma forma a imprensa foi informada sobre o que estava sendo feito, e passou a ter um canal aberto com a empresa. Foram então organizadas visitas à fabrica de jornalistas para verem as primeiras instalações montadas, criando-se um evento para as lideranças. Em seguida foi planejada e organizada uma visita da comunidade à indústria, convidando por meio de faixas e de volantes distribuídos de casa em casa no bairro. Foi a primeira realização de um Dia de Portas Abertas no Brasil. A equipe de engenheiros e técnicos foi treinada para receber os visitantes, que ocorreram em massa, mais de 3 mil.

Com a visita e a instalação dos filtros eletrostáticos que retinham as poeiras vermelhas, desapareceu totalmente a resistência à empresa e estabeleceu-se uma relação de confiança e de troca de informações, passando a comunidade a contar com um canal direto e um telefone de acesso para comentários e reclamações.

Assim, ao ser necessária uma parada do equipamento antipoluição para troca de componentes, embora a fumaça vermelha tenha voltado, não houve qualquer manifestação da comunidade ou da imprensa, que foram informados antes e durante esse procedimento.

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